Curiosidades sobre Anemia F.
MITO X VERDADES: A transmissão das doenças falciformes é exclusivamente hereditária? Verdade. A doença é genética e hereditária, ou seja, é transmitida pelos pais para os filhos. Dependendo do caso e do desejo da família, é possível fazer um estudo para descobrir se há pessoas com traços ou que são portadores da doença. A anemia falciforme é uma doença que acomete apenas afrodescendentes? Mito. A Doença Falciforme pode ocorrer em qualquer população que tenha o gene de mutação. No caso do Brasil, devido a grande miscigenação característica do país, a doença pode acometer qualquer pessoa. Indivíduos portadores e com traços de anemia falciforme não podem doar sangue? Depende. A pessoa com anemia falciforme possui uma restrição em relação à doação de sangue por causa da sua taxa de hemoglobina e das hemácias falciformizadas. Já em indivíduos que têm apenas traços dessa condição, mas a doença não se manifestou, não há uma contraindicação absoluta. A anemia falciforme tem cura? Mito. De modo geral, a anemia falciforme não tem cura. Entretanto, essa possibilidade existe apenas em alguns casos especiais, quando é indicado o transplante de medula. Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento, que consiste no uso do medicamento hidroxiuréia, que pode proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Há riscos na gravidez de mulheres com anemia falciforme? Verdade. A gravidez de mulheres com anemia falciforme é de alto risco. Para maior segurança da mãe, é exigido um acompanhamento especial com profissionais na área de hematologia, ginecologia e obstetrícia. O paciente com anemia falciforme precisa ingerir uma quantidade maior de líquidos? Verdade. Além dessa maior ingestão de líquidos, há também outras indicações para esse indivíduo. Por exemplo, é preciso evitar ambientes com grande exposição ao frio e, caso estejam nesses locais, é preciso que estejam bem agasalhados para evitar a falcização das hemácias. O uso de sapatos estilo meia-bota também é recomendado para evitar traumas nos pés, já que existe uma grande incidência de úlceras nessa região em pacientes com anemia falciforme. Os pacientes com anemia falciforme possuem restrição alimentar? Mito. Não há nenhuma restrição em relação a alimentação. Pode haver alguma restrição muito pessoal ligada à tolerância do paciente,mas que pode acontecer com qualquer outra pessoa. Curiosidades: Sinais de alerta É importante procurar atendimento médico sempre que ocorrer febre persistente acima de 38ºC, dor torácica e abdominal, falta de ar, náuseas e vômito, dores de cabeça persistentes e aumento súbito do volume do baço. Pretender ter filhos? Faça o teste da anemia falciforme! Se você pretende ter filhos e não tem certeza se você ou o seu companheiro possuem o traço falciforme, pense sobre a possibilidade de realizar o exame de diagnóstico( Eletroforese de hemoglobina). O planejamento pré-concepcional é importante não só para uma gestação saudável como também para a avaliação de riscos. Converse com o seu médico.
Fonte; scielo201
Grupo descobre como a anemia falciforme protege contra a malária.
Desde a década de 1940, os cientistas sabem que a anemia falciforme, uma doença hereditária que causa mutação nos glóbulos vermelhos do sangue, protege seus portadores contra a malária. Porém, só nesta semana, com uma pesquisa publicada pela revista "Science", ficou claro como funciona o processo.
Normalmente o protozoário Plasmodium usa uma proteína chamada adesina para chegar à parte externa dos glóbulos vermelhos, de onde chegam às paredes dos vasos sanguíneos. A partir daí, provocam os problemas neurológicos e circulatórios ligados à malária.
Nas pessoas que têm anemia falciforme, esse mecanismo é bloqueado. O Plasmodium não acessa a parte externa dos glóbulos vermelhos e, por isso, não há infecção. "Todo o sistema de transporte do parasita da malária fica degenerado nessas células", resume Marek Cyrklaff, pesquisador do Departamento de Doenças Infecciosas da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, um dos autores do artigo.
"Com esses resultados, descrevemos agora um mecanismo molecular que explica pela primeira vez o efeito protetor dessa hemoglobina contra a malária", completa Michael Lanzer, líder do grupo de pesquisa.